1. |
Metempsicose
01:48
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2. |
Proêmio
02:50
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Esse disco só vai ter lorota,
e papo macabro misturado com paixão.
Não espere muito desta prosa.
Se gosta de poesia, porra, troque o disco por um livro.
Ai! Eu cansei desse serrote, não aguento mais infiltrar corte em cada verso!
E ver que as máscaras continuam firmes e fortes
E ver que o mundo trata a música feito esporte
Eu só queria ilustrar um panorama do inferno ♡
Mas sempre tem alguém se fazendo de santo
Rola muito um certo fetiche no Orfeu...
E fica aqui a minha revolta tosca:
que a morte entre pelo ouvido e saia pela boca
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3. |
Orlando Furioso
01:46
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Se nada fica para depois
O som se esvai sem muita dor
É que agora eu entendi
Não vale a pena não sorrir
Largando tudo como se fosse nada
Que o vento atravesse essa cabeça oca
SEM DERROTA, NÃO HÁ VITÓRIA
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4. |
N.M.C
01:41
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I don't wanna be
Like mom and dad
That's why I accept
This wider chain
One, two or three we should stay together
TOGETHER
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5. |
Ideologia da Estética
01:28
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Se não deu certo
Não desista
Viver é sempre maior que a vida
Viver é sempre uma ferida
De que adianta acumular
Tanta fúria na gaveta
E esperar que assim do nada
A morte lhe esqueça
O amor lhe reconheça
A música não foi feita com canções sempre escritas
mas a música só existe se a canção for ouvida
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6. |
Canção Anti Elegíaca
03:20
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Quando teus olhos fecharem não haverá elegia
tampouco soneto suicida
As rimas continuarão no mesmo lugar
que este peito sempre as coloca
Quando estiveres concretamente morta
não ousarei reificar tua existência
em um poema para alimentar mais formas de delírio
Não desejo ter do que falar sobre você em verso
A musa é SEMPRE uma overdose de afetos
que o próprio poeta inventa
de maneira pornográfica e onanista
Se tu morreres a natureza nos será indiferente
porque, verdadeiramente, nos ama
com desamparo
como um pai que é sempre crucificado
por filhos que não souberam amá-lo
Ondas do mar são HONESTAS
massageiam e mutilam:
escamas que lhes são servis;
joelhos que as desafiam
Pintores adequam o motivo ao esboço
que existe, em suas cabeças, apenas
manipulam cores humanas
confundindo nossa forma de olhar
e ainda colocam em Deus a responsabilidade de tamanha violência
No meu peito nada há de murchar no dia da tua morte
mas ficará para todo meu sempre uma revolta
já que não verei mais graça em ser-teu poeta
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7. |
Vermelho Concreto
01:55
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Eu me perdi
enquanto buscava
uma saída
dessa cilada
Eu encontrei
velhos fantasmas
As mesmas promessas plásticas
Um espelho enferrujado, ferido pela engrenagem letárgica
Você surgiu como alvorada:
eternizada em gesto nu
E agora eu tenho algo pelo qual posso morrer
E agora eu tenho algo pelo qual posso matar
E agora eu tenho algo pelo qual posso escrever
E agora eu tenho algo pelo qual posso gritar
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8. |
Tanatofilia
02:28
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Tantos sentimentos
não cabem em palavras
ainda assim eu tento
fundir sorriso e raiva
É assim que eu sei amar
com fome e violência
É assim que eu sei amar
com pressa e paciência
O que eu não sei é acolher
o luto que prevê o perder
Daquilo que transforma
o ódio em sinfonia
O riso que tornou-se
o ar que agora grita
Quando eu morrer quero que cantem
porque assim nasci
O meu destino não está
escrito nas estrelas
A minha força não é para
matar e fazer riqueza
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9. |
Vexame pt. 3
02:41
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Dear god
where the hell
is that heaven you promised me
I've been waiting
I've been praying
I've been mourning
I never seem to find
my, my, mine
I never seem to find
my, my, mine
There's always someone ahead in the game
There's always somebody calling from the grave
There's always someone ahead in the game
There's always somebody calling from the grave
But I do believe when I'm not even searching it will fall
like an anvil through my skull
Cause sometimes it's supposed to be that hard
the honest beat of two conjoined hearts
When I find it I will know
it won't be another summer storm
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10. |
Tecendo à Noite
01:40
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11. |
Paixão em Morte
02:39
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If I fell in love with you again
would it still be the same
or did the seasons change our taste
If you knew my secret voice
would you listen to my heart
Death brings closure
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12. |
Sideral Véu
03:57
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Her crimson vest traveled through time
only to find
my threadbare bones, alone in this sealed casket
And oh! How did her blood overflow
across the severed stones
and bathed my exposed fractures
Before her, countless nights were filled with nightmares
But now, all my fears turn into whispers that soothe with malice
Every day I long to be with her, like flesh is glued to the living
But our love is truer than that which fades when maggots start feeding
Every night I miss the feeling of her sharpened teeth
Every bruise that we exchange is, to me, softer than the warmest mother’s kiss
And when she dances with death
is the only time I’m truly jealous
For an eternity by her side
would be a good excuse to start believing in heaven
Yes’ I would start believing in heaven
The scars she gives me, they smell like love
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13. |
Natiamorto
03:56
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Our love is pretty
Pretty fucked up
And my blade is dull
Yours is full of blood
And we keep cutting into pieces
The memories we cant stitch
And we have feasts together
Feasts of sweat and spit
And it hurts
To be this much stillborn
I can't breathe from this lonely grave
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14. |
O Banquete
02:08
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Ferida fresca ainda vermelha
lembrança morna de outra presa
Eu nunca acordo sozinho
há sempre um coro de gritos
que apascento com minha própria fúria
Eu hoje durmo cansado
há sempre muito trabalho
que executo com meus próprios punhos
E não há tempo a perder
se piscar, o bicho foge
Foi um prazer te conhecer
para saciar a minha fome
Memórias acesas incendeiam-me em vários
Não tenha pena de si, isso é coisa de otário
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15. |
Luto Canibal
03:46
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I don't wanna lose
Another love to death
But this hunger
Never ends
It feeds nothing besides texts
It comes from the shadows in my heart
I try, but I can't quit
My teeth always sink in necks
Right after the first kiss
And when the blood drips
She leaves me no choice
They try to run
But I always lock the door
There's never room for choice
Is there a soul that needs no flesh?
I hope I find her before the next
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16. |
Tempo e Eternidade
02:24
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o tempo passa vago
areia escorre pelo ralo
sobra a eternidade
na memória dos amantes:
ainda viva a morta lua já distante
no breu nasceu um novo sol
não deixa de ser amor
só muda a cor da rima
expresso o meu torpor
em uma nova mística
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17. |
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18. |
Máquinas de Crepe
01:22
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Meus amigos agora que eu me vou
não deixem de socar
este rosto que tanto amou
Não, não sei se volto não
mas guardem no coração
a dor desta canção
Vou voltar pro escuro da masmorra
onde torturo gente morta
só pra escrever o que vocês já cantam
Acabou minha gasolina
Se eu volto é com nitroglicerina
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19. |
A morte de Marte
13:45
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Tantos sentimentos
não cabem em palavras
ainda assim eu tento
fundir sorriso e raiva
É assim que eu sei amar
com fome e violência
É assim que eu sei amar
com pressa e paciência
O que eu não sei é acolher
o luto que prevê o perder
Daquilo que transforma
o ódio em sinfonia
O riso que tornou-se
o ar que agora grita
Quando eu morrer quero que cantem
porque assim nasci
O meu destino não está
escrito nas estrelas
A minha força não é para
matar ou ter riqueza
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20. |
Posfácio
03:24
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