1. |
Banguense
01:14
|
|||
|
O chão do meu bairro tem mato
crescendo por entre o concreto
cavalos apostam corrida
com máquinas feitas em série
Os jovens com seus uniformes
(Os jovens, os jovens, os jovens)
De escola, de bandas ou tribos
(São tristes, são tristes, são tristes)
Os velhos sentados em praças
(Os velhos, os velhos, os velhos)
Jogando carteado e tossindo
(Reprises, reprises, reprises)
Aqui chorei no meu parto e me apaixonei por Luana
A primeira a me tornar lírico
ainda no jardim de infância
Aqui vi amigos tornarem-se mestres em artes e truques mesquinhos
vi também o sol se pôr,
inúmeras vezes,
por entre as casas dos meus vizinhos
|
||||
2. |
Oniromante
03:14
|
|||
|
Eu sou um escravo
de sonhos indigestos
que aquecem o meu cérebro
movimentam os meus vermes
A faca amolo na língua
transformo a noite em verve
já não há rezar no escuro
Deus está sempre presente
Filhos do mesmo pai
agem como se fossem primos
aprendem em línguas distintas
os mesmos hinos
A faca corta meus lábios
transforma ferida em fala
já não há rezar de joelhos
Deus está sempre presente
Eu sou um escravo
de sonhos vomitados
em bocas outras
lambendo o que escorre
quando papai do céu não sonha
|
||||
3. |
Sayonara, Gangster!
02:14
|
|||
|
Eu nasci em estrela morta
nem água ou órbita solar
colhi naquela cova o que pude encontrar
um telescópio torto que me alimentou um sonho:
pegar carona em um cometa!
Partir sem nem olhar para trás!
Deixar junto com aquela poeira
tudo que já não me cabe mais!
Eu não vou.
Você não vem...
Volta?
Volta!
|
||||
4. |
Teorema
02:50
|
|||
|
O pensamento não atravessa
a cuca funda
o espesso éter
a voz ecoa
mas não transmite
seu som é vento
com saliva
intensidade
altura
e ritmo
Traio o velho motivo
estrago o que há de bonito
no plástico
Feres o vácuo em rito
escreves de sombra o signo
rupestre
O ouvido fisga e não devolve
o que há de vivo se contorce nas superfícies e morre
o pensamento não intercepta
seus semelhantes são só
ideias
Se queres ser um corpo
com voz que nunca houve
ensurdeça teus ouvidos, emudeça os olhos
Se desejas ter posse
sobre dor jamais sentida
ignore destroços, "interprete" poesia
Traio o velho motivo
estrago o que há de bonito
no plástico
Feres o vácuo em rito
escreves de sombra o signo
rupestre
Pinta como noviço
incita o fim do registro
Artista
|
||||
5. |
Vexame
01:54
|
|||
|
Chove enquanto escrevo
meu pensamento foge do desejo
Ontem vi você passar
mas não
perguntei seu nome
Hoje vi você sorrir pra tela
do seu telefone
Será
que era alguém querido?
Mandando meme de bom dia do serviço...
Ai que dor é não saber se tu
tem compromisso
nunca entendi por que eu me fiz
assim tão tímido...
|
||||
6. |
Vexame pt. 2
03:27
|
|||
|
Do you know that every time
I feel your voice inside my heart
I lose the thoughts that should be mine?
That's why I need some time
to find my own mind
I don't see myself in my reflexion
guess maybe that's why I repeat your actions
or maybe I just want another excuse to abuse myself
That's why I need some time
to find my own mind
|
||||
7. |
Idioleto
01:32
|
|||
|
lacuna preenchida
um cadafalso improvisado
panegírico ensurdecedor
a voz é um privilégio
que obseda quem transita
megafone privatizado
no féretro o meu louvor aos deicidas
à minha esquerda os despojados
um tiro no calcanhar idiossincrásico
seu bovarismo chega a ser emético
meu passadismo é um refúgio pérfido
onde encontro
o êxtimo alienista
o apanágio dos famintos
intumescência
casuística
|
||||
8. |
Sísifo
02:35
|
|||
|
Broken glass
scattered through my path
I step with care
but it still pursues my flesh
The blood drips
it's sucked by all the dirt
I feed this soiled earth
I give it what it wants
Despite this pain I venture forth
the sun above my head
it boils no remorse
I seek no closure on this road
My only goal is moving forward
because the past is filled with ghosts
they're always singing the same songs
they have no blood
Despite this pain I venture forth
the sun above my head
it boils no remorse
|
||||
9. |
Gasparzinha
02:35
|
|||
|
Only God knows how I feel alone
You left an echo at my bones
Once you were gone I slept for three days straight
Everywhere I looked I seeked your face
Now at the usual bench we stared at ants as I laughed
The unusual path of the orange cat
Through the magic door I sealed the knob
I've lost the fire to melt the fog
Now there's a shadow where we used to meet
I curse my cage but am glad you're free
Bluebird
I refuse to let your taste go
I refuse to let my mind blow
away the memory
Only god knows how I feel alone
Enough to write this silly song
Now there's a camera where we dared to kiss
I curse my cage but am glad you're free
Bluebird
I refuse to let your taste go
I refuse to let my mind blow
away the memory
Pássaro azul que se foi embora
ainda tenho você na memória
Pássaro azul que se foi embora
ainda estou preso na minha gaiola
|
||||
10. |
A cinza dos dias
04:34
|
|||
|
I'm a man with many scars
I ain't no puppet, I've got it rough
You're an open book on a foreign language
making my heart beat
like drunken dancers
making my heart beat
like drunken dancer
You're an open book from an alien planet!
I'm a man with many scars
I ain't no puppet, I've got a heart!
We're too young to give a fuck
or maybe baby we're just out of luck
but time don't prefer no child
You run, run, run, run, run, run
I stare into the sun
It makes me sad
we haven't met tomorrow
It makes me sad
we haven't met tomorrow
(I'm not sufficient?)
It makes me sad
we haven't met tomorrow
(I'm not sufficient!)
If I'm not sufficient it's not enough
if I'm not sufficient...
God's door is always open
God's door is always open
(It never lurks inside)
|
||||
11. |
Bando do Falcão
02:31
|
|||
|
Once
again
I see
you laugh
as I
despair
upon
some things
you think
are dumb
well I
can't trace
the moment you became
a friend I hate
How I wish you were not here
|
||||
12. |
Memento Mori
01:19
|
|||
|
Enquanto houver música
estarei em movimento
Não conte os segundos
eles são feitos de vento
mas não deslocam afeto
Escreva uma canção sem fim
para mim
|
||||
SERROTE PRODUÇÕES Rio De Janeiro, Brazil
Cantores do Pico da Pedra Branca
Nyx Avatar (💀)
Larva Serrote (Assassino
aposentado)
Fazendeiro do ar (Jovem gótico da roça)
São Genet (Agradeço a Ed Banger pela minha alfabetização eletrônica)
TAKeneshiro (Feirante de anime)
Rautavaara (Automatismo no erudito)
Octave Mirbeau (Jardineiro de suplícios)
KOHELET (estupefacientista)
Yael [Carvalho] torres (Psicanalista de Wikipédia)
... more
SERROTE PRODUÇÕES recommends:
escafandro
by mona liza overdrive
Coletivo de música independente da Zona Oeste do Rio de Jameiro
go to album
Regular Boat Driver
by Regular Boat Driver
Banda onde toquei bateria
go to albumIf you like Lâmina Calada, you may also like:
Strange and angsty alternative rock from Los Angeles that hovers between haunting and pretty and sharp and driving.
go to album
The third album from British indie rock outfit is the first release on their own label.
go to album
Melancholic and sharp instrumental post-rock from Oklahoma group Speak, Memory.
go to album
Soft Sounds (Live Video Series)
by Delta Sleep
The latest album from British indie rock band is filled with pared back tracks recorded in various countries while the band was on tour.
go to album
